No dia onze de abril, em São Paulo, o governo do Pará leiloou o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (SAAEP), sem consulta pública e sem ampla divulgação. A concessão foi entregue a uma gigante do setor, o assunto está levantando dúvidas sobre os critérios e o futuro do serviço na cidade.
Nos últimos dois anos, a população do Sul e Sudeste do Pará, tem enfrentado uma série de decisões que afetam diretamente a região. Houve a intervenção na área de Apyterewa, marcada por tensão, expulsões e denúncias de violência. A redistribuição do ICMS, que causou enorme prejuízo aos cofres de Parauapebas e terminou com derrota no STF. E ainda, o fechamento de duas grandes minas: a de cobre do Sossego, em Canaã dos Carajás, de níquel, em Ourilândia do Norte.
NA SURDINA: Sem consulta pública e sem que a publicação de um edital de leilão tivesse sido dada à população de Parauapebas, o governador Hélder Barbalho leiloou o Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Parauapebas em S. Paulo, no dia 11 de abril. Quem arrematou por um valor irrisório é uma das gigantes do ramo no país.
No atual mandato do governador Hélder, esta é a segunda vez que ele age no escuro causando enormes prejuízos aos cidadãos do Sul e Sudeste do Pará. A primeira vez foi quando ele entregou através de um Decreto dissimulado a região de Apyterewa aos desmandos das Forças nacionais que na região de S. Félix promoveu a expulsão de colonos, destruição e até mortes.
OS DEPUTADOS ESTÃO SURDOS E MUDOS:
Estranho é que mesmo tendo sido eleitos a peso de ouro por Parauapebas, dois deputados – um estadual e um federal – ou por interesses pessoais ou por não terem ouvido eles nada falam a respeito de qualquer desses temas. Preferem repetir na mídia aquele discurso vazio de “Eu apoio a Educação, eu apoio o Esporte, eu apoio a Saúde”, coisa que qualquer criancinha sabe falar. ações concretas e atitude necessárias como agora, nada.
Diante disso tudo, o silêncio dos deputados eleitos pela região é ensurdecedor. Nenhuma fala, nenhuma defesa pública. Apenas discursos prontos e distantes da realidade local.
No final das contas, tudo parece seguir um velho padrão:
“Primeiro vem alguém e rouba uma flor. Depois, outro leva a segunda flor. Depois, o mais fraco… que só queria cuidar do jardim… já não tem nem onde pisar.”
Por: Ivair Martins.
Redação: Portal Olho No Lance.